quarta-feira, 18 de julho de 2012

Expectativa, não. Objetivos, sim.


Às vezes penso se superei ou ao menos cumpri, até agora, as expectativas que meus pais e familiares tinham sobre mim, pois eu nunca criei nenhuma expectativa, até agora eu vivi. Tentei seguir os melhores caminhos e fazer as melhores escolhas. E continuo tentando.
Aquela bebê pequena – muito pequena, alias - com um olhar inocente e frágil demais para viver sozinha, se alimentar sozinha, andar sozinha. Ela se tornou uma mulher que aos seus quase 20 anos de vida já realizou muitas coisas e tem a ambição de realizar mais, conquistar mais e crescer mais. Não é mais tão pequena e não possui um olhar inocente, mas infelizmente continua frágil, não a ponto de não poder viver sozinha, mas no sentido que envolve seus sentimentos, que envolve suas decisões. Não que ela seja fraca - é forte demais até - mas às vezes ela precisa de um mimo de mãe, ela precisa apenas de alguém que viveu com ela esses 20 anos para falar a respeito de suas fraquezas e indecisões e que alguém pegue na mão dela e a faça perceber que não está sozinha nesse mundo cheio de ruindade, indiferença... Nesse mundo podre, onde é o único lugar que ela tem para viver.
Infelizmente não é bem assim que acontece, ela gostaria de ter tudo isso de sua mãe, mas não, não tem e talvez nunca tenha. Ela já se conformou com isso, mesmo sabendo que nunca vai superar nenhuma expectativa, ela continua e agradece por ter se tornado alguém tão forte, capaz de aguentar todos os “tapas na cara” que ela levou da vida até hoje.
Ela pode não ter alguém que pegue na mão dela e a guie, mas tem alguém melhor, alguém que a ensinou a ir com suas próprias pernas e sempre deixando bem claro que mesmo sem estar de mãos dadas ela nunca estará sozinha, alguém sempre vai ajuda-la a se reerguer e não levanta-la.
E com tudo isso ela aos seus quase 20 anos já é graduada, trabalha, ganha seu dinheiro, paga quase todas as suas contas, tem um homem ao lado dela que a ama, que é amigo e companheiro e ela o ama também, que pensa como uma mulher não como uma menina. Sem expectativas, mas com objetivos. Mas nunca deixou seu jeito de menina de lado.
Não devemos ter expectativas e sim objetivos. E saber o porquê nos tornamos o que somos hoje, saber quem foram os responsáveis por isso. Eu, pelo menos, agradeço e amo muito a pessoa que fez eu me tornar o que sou hoje.